A inflação recuou com força em Porto Alegre, para 0,13%. O Índice de Preços ao Consumidor traz a variação dos 30 dias imediatamente anteriores. Na pesquisa divulgada na semana passada , o IPC-S foi de 0,29%. Há um mês, estava em 0,62%.
O tomate segue em franca disparada, com alta de 44%. Pressiona a inflação junto com outros alimentos e com o gás de cozinha. Mas a conta de luz caiu 5,36%, com a oscilação mensal da tributação do PIS/Cofins, puxando para baixo também o gasto com condomínio. O preço do leite também caiu novamente.
Mas a inflação vai subir e a coluna explica o motivo. A última coleta de preços da Fundação Getúlio Vargas terminou no dia 22, exatamente quando entrou em vigor o reajuste de 8,3% na tarifa de eletricidade da CEEE para residências.
O impacto, então, começará a aparecer já no IPC-S que será divulgado na próxima semana pela FGV. O efeito cheio, no entanto, sairá daqui a um mês.
- Na véspera do Natal. Mas lembro que o aumento da conta da CEEE, apesar de ficar acima da inflação para o consumidor acumulada de 12 meses, é um dos mais baixos que registramos no país em 2018 - lembra o coordenador da pesquisa da FGV, André Braz.
A conta de luz tem peso de 3,3% no cálculo do Índice de Preços ao Consumidor em Porto Alegre. É o mesmo, por exemplo, dos gastos com educação. No entanto, há um efeito em cascata, com destaque para o custo que as famílias têm com o condomínio. Gasolina pesa 3,8%.