Após alguns meses de alta e atingir 14 pedidos em agosto, o número de solicitações de falências de empresas caiu para oito em setembro no Rio Grande do Sul. Apesar do recuo, setembro do ano passado não teve pedidos de quebra.
O recorte regional da pesquisa foi enviado pela Serasa Experian para a coluna Acerto de Contas. Apesar deste relativo alívio do mês passado, o acumulado do ano aponta já 73 pedidos de falência no Rio Grande do Sul. No mesmo período do ano passado, foram contabilizadas apenas oito. Ou seja, alta fortíssima.
Os pedidos de recuperação judicial também tiveram redução. O número passou de 15 em agosto para dez em setembro, mas ainda acima do mesmo mês do ano passado. Contra 107 do ano passado, o acumulado de 2018 registra 85 solicitações deste mecanismo que substituiu a antiga concordata e tem o objetivo de dar um fôlego para a empresa, evitando a quebra.
O curioso da pesquisa é que, na média nacional, os pedidos de falência e recuperação judicial estão em número menor do que em 2017. Aqui no Rio Grande do Sul, no entanto, os patamares estão maiores.
Havia uma expectativa de retomada da economia em 2018, o que não ocorreu. Há um consenso de que muitas empresas seguraram as pontas esperando isso. Só que já em maio, a greve dos caminhoneiros já antecipou - e intensificou - toda a incerteza e freio nos investimentos que estavam previstos somente para o segundo semestre, devido às eleições. Com o cenário, empresas ficaram sem saída ou desistirem, gerando até mesmo pedidos de autofalência. Outras ainda pularam até mesmo o recurso da recuperação judicial, passando direto para a quebra da companhia.
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