Há cinco meses, os consumidores estão pagando a cobrança extra mais alta na conta de luz. O valor se soma aos reajustes de dois dígitos das tarifas de energia elétrica, fazendo com que esta despesa apareça com frequência entre as principais pressões sobre a inflação.
Outubro está novamente com bandeira tarifária vermelha patamar 2. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, o motivo é a incidência baixa de chuvas, reduzindo o nível de armazenamento dos principais reservatórios.
Quando se divulgada a bandeira tarifária do mês, é informado o valor extra que será cobrado a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. No caso da vermelha patamar 2, são R$ 5.
Só que leitores procuraram a coluna Acerto de Contas dizendo que a cobrança é maior na conta de luz. Pegam o valor informado na linha de bandeira tarifária e dividem pelo consumo.
Economista e chefe da Coordenadoria de Regulação da CEEE, Lucas Malheiros explica que a confusão ocorre porque o valor informado pela Aneel não inclui a tributação. Sobre ele, aplica-se ainda o ICMS, que é de 30% no Rio Grande do Sul, e também PIS/Cofins, cuja alíquota oscila mensalmente conforme o faturamento da empresa.
- Na última conta de luz, por exemplo, o valor ficou em R$ 7,7 com o acréscimo dos tributos - exemplifica Malheiros.
Ouça a explicação completa na entrevista de Lucas Malheiros para o programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha: