A Região Sul receberá apoio de R$ 840 mil para projetos ambientais dentro de um programa do Boticário. São seis iniciativas, sendo que quatro delas ficam no Rio Grande do Sul.
O edital lançado pela Fundação Grupo Boticário selecionou 21 propostas no Brasil. O objetivo é a conservação dos biomas, com um aporte financeiro de R$ 4,3 milhões.
A Fundação Grupo Boticário foi criada em 1990 e apoia ações de conservação da natureza. Mais de 1,5 mil já foram financiadas.
Veja os projetos selecionados no Rio Grande do Sul:
Parque Estadual do Turvo (RS)
O projeto “Onde a onça bebe água? Uma história para contar sobre o Parque Estadual do Turvo”, da Associação Amigos do Interior (ASACIRS), propõe implementar um programa de uso público, envolvendo a sociedade a interpretar a natureza e promover a conservação da biodiversidade do Parque Estadual do Turvo. Assim, despertar o interesse do visitante para além do Salto do Yucumã. O parque é território de ocorrência da onça-pintada (Panthera onca), uma espécie ameaçada de extinção.
Boto Tursiops gephyreus (SC e RS)
Projeto desenvolvido pela KAOSA e que contempla Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O “Projeto gephyreus: avaliação de risco de extinção do boto (Tursiops gephyreus) no Brasil” busca avaliar o nível de ameaça do boto Tursiops gephyreus. O projeto prevê ações para informar a sociedade sobre a importância da conservação dos botos e dos ecossistemas marinhos costeiros.
Anfíbios da Mata Atlântica (PR, SC e RS)
A iniciativa “Anfíbios micro endêmicos: execução de ações do plano de ação nacional de conservação de espécies ameaçadas de extinção e estratégias para a conservação”, realizada pela Mater Natura Instituto de Estudos Ambientais. A proposta tem como foco o estudo do Cycloramphus, presente na Mata Atlântica, para entender os hábitos e as baixas densidades populacionais, além da indicação de locais de criação de unidades de conservação.
Palmeiras (PR e RS)
O projeto “Palmeiras endêmicas de campos de altitude no sul do Brasil: Modelagem de ocorrência e ações emergenciais para sua conservação” foi proposta pela Sociedade Chauá. Fará a modelagem de distribuição de espécies de palmeiras, além de buscar a localização de novas populações das espécies a partir de imagens de satélite e de trabalho em campo. Servirá para avaliar a persistência das espécies frente às mudanças no clima e no uso da terra. Cinco espécies de palmeiras terão ações emergenciais de conservação desenvolvidas, coleta de sementes e estudos de germinação, assim como produção de mudas.