Dólar sobe, produto brasileiro fica mais barato para o comprador externo, aumenta a exportação? Nem sempre. É o que mostra o balanço do semestre da exportação de calçados. O dado será disponibilizado mais tarde pela Associação Brasileira da Indústria Calçadista e foi antecipado para a coluna Acerto de Contas.
Os embarques de calçados para o exterior caíram 6,7% em volume, de 59,36 milhões para 55,37 milhões de pares. Recuaram também em receita, -7,9%, de US$ 528,7 milhões para US$ 486,9 milhões. A comparação é com o mesmo período do ano passado.
Presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein lembra que as exportações caem desde abril. O empresário chega a citar a oscilação cambial como um aspecto negativo para as exportações.
- A crise econômica brasileira e seu viés político afeta diretamente o setor, por conta das oscilações abruptas no câmbio e também fatores políticos, como a paralisação registrada em maio e que causou desabastecimento de insumos na indústria.
Para Klein, se houver alguma recuperação, será sentida nos últimos meses do ano ou início de 2019. A maior parte das vendas de primavera e verão já foram negociadas.
- São o ponto forte das exportações brasileiras e não notamos melhora nos índices.
O principal destino do calçado brasileiro no primeiro semestre foi a Argentina. Quanto à origem dos embarques, o Rio Grande do Sul foi o principal exportador de calçados. Respondendo por quase 45% do valor gerado pelos embarques brasileiros, os calçadistas gaúchos embarcaram 13,4 milhões de pares por US$ 217,9 milhões, quedas de 0,4% em volume e de 2% em divisas.
O principal destino do calçado brasileiro no primeiro semestre foi a Argentina. Quanto à origem dos embarques, o Rio Grande do Sul foi o principal exportador de calçados. Respondendo por quase 45% do valor gerado pelos embarques brasileiros, os calçadistas gaúchos embarcaram 13,4 milhões de pares por US$ 217,9 milhões, quedas de 0,4% em volume e de 2% em divisas.
Além de a exportação não aumentar com a alta do dólar, foi a importação que teve elevação. No primeiro semestre, entraram no Brasil 15,2 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 183 milhões. Houve alta tanto em volume (16,8%) como em valor (5,2%). As origens seguem sendo os países asiáticos, como Vietnã e Indonésia.