Será que o dólar bate R$ 4 nesta sexta-feira? A cotação comercial, claro, já que o dólar turismo já ultrapassou há tempos este patamar. Em todas as casas de câmbio de Porto Alegre, já está acima de R$ 4 e ainda tem que acrescentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A expectativa do mercado é sobre alcançar ou não esta nova barreira psicológica. O Banco Central disse à noite passada que não usará Selic para conter câmbio. No entanto, avisou que a intervenção deve usar um montante de recursos que supere níveis históricos. Na gestão anterior, houve a venda de mais de US$ 100 bilhões, injetando a moeda norte-americana no mercado para baixar cotação.
Mercado aposta em aumento dos juros já na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária do Banco Central. Selic está em 6,5% ao ano. Analistas chegaram a acreditar em uma convocação extraordinária do Copom para elevar a taxa no meio de toda turbulência.
Enquanto isso, a semana termina com a divulgação do IPCA, o índice oficial de inflação do país. Deve acelerar com o aumento nos preços dos combustíveis e já algum impacto com elevação em produtos e serviços que tiveram oferta reduzida durante a greve dos caminhoneiros.
Mas será que bate R$ 4? Chegou perto nessa quinta-feira. Os grandes pilares da elevação são coisas que não se muda facilmente, como o cenário eleitoral brasileiro, a insegurança na economia local e a tendência de alta nos juros nos Estados Unidos.
Dono da Supercâmbio, Régis Radin segue sugerindo aos viajantes que comprem aos poucos para travar uma cotação média. Mas pouca gente faz isso. Então, se for para comprar todos os dólares de uma vez, a orientação do profissional é fazer a aquisição agora porque vê novas altas no horizonte.