Como esperado, o dólar começou a quinta-feira nervoso e ainda com forte tendência de alta. A cotação comercial bateu R$ 3,90, com alta de 1,7%.
Havia intervenção do Banco Central marcada para as 10h. No entanto, a autoridade monetária se antecipou para conter a volatilidade. A cotação chegou a R$ 3,91, mas voltou para R$ 3,89. No início da tarde, já se aproxima de R$ 3,95.
É a maior cotação desde o início de março de 2016. O patamar foi atingido dois dias após ter alcançado a barreira anterior, dos R$ 3,80.
Há pressão interna no país, com a incerteza quanto às eleições, principalmente. Isso contamina o mercado, que foge do risco. No exterior, a tendência de alta mais forte nos juros básicos dos Estados Unidos pressiona o dólar no mundo todo, em especial em países emergentes.
- Em 23 anos de mercado, nunca vi o juro abaixo de 8% nao fazer a inflação cavalgar. Turquia deu aula hoje, subindo o juro em 1,25% e foi sentido na hora no dólar. A probabilidade implícita da curva de juros agora está mostrando 81% de chance do Banco Central elevar 0,25 pontos percentuais a Selic na próxima reunião - detalha Pablo Spyer, diretor de Operações da Mirae Asset.
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