A escalada do dólar continua. Fechou a R$ 3,70 à tarde passada, a maior cotação em mais de dois anos.
Nesta sexta-feira (18), o dólar futuro abriu em alta. A cotação do vencimento em junho registrava valorização de 0,54%, aos R$ 3,722. Alta da moeda norte-americana em relação a moedas da maioria das economias emergentes.
Estamos rumo aos R$ 4, avisa o diretor de operações da Mirae Corretora. Pablo Spyer inclusive avisou antes do mercado abrir nessa quinta-feira que a decisão do Banco Central de manter a taxa de juros Selic não faria o dólar cair.
- Se o rendimento do título de 10 anos (o T-10 americano) continuar subindo, o câmbio continuará sua escalada. O Banco Central deverá intervir sim, com outras ferramentas como swaps e leilões de linha - detalha Spyer.
Aliás, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, tem reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, em São Paulo. Nos Estados Unidos, há pronunciamentos dos representantes do Federal Reserve no Texas e em Nova York.
Para o consumidor, a coluna já alertou que o impacto da alta do dólar chegará nos próximos meses com mais intensidade. Indústrias estão refazendo seus planejamentos de custos e preços.