Operando em forte alta nesta terça-feira, o dólar comercial bateu R$ 3,80 no final da manhã. O patamar não era atingido desde março de 2016. Há pressões internas e externas de alta.
Dados do setor de serviços dos Estados Unidos vieram melhor que o esperado, o que reforça tendência de alta nos juros norte-americanos. Há receio de inflação na economia do país. Juro maior nos Estados Unidos pressiona o dólar no mundo todo.
Aqui, há a preocupação com a política de combustíveis, o que aumenta o risco. Não está definido como ficarão o ajustes nos preços de diesel e gasolina. Seja na Petrobras, seja quanto à tributação. Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia disse em entrevista que não há espaço para subsidiar a gasolina.
- Não está saindo dólar do país. Falei com vários clientes aqui. Isso é acionamento de "stop loss", que é a perda máxima aceitável. É desmonte de operações especulativas - acrescente o diretor de Operações da Mirae, Pablo Spyer, que já tinha projetado a moeda norte-americana rumo aos R$ 4.
Logo após o dólar bater R$ 3,80, o Banco Central começou a intervenção no mercado. Baixou a cotação em alguns centavos.
Lembrando que a cotação comercial é a referência do dólar turismo. O site Supercâmbio compara a cotação de sete casas de câmbio em Porto Alegre, que neste fim de manhã vendem o dólar em espécie com preços entre R$ 3,885 e R$ 3,956. Ainda é preciso acrescentar o IOF de 1,1%.