A alta do dólar sem tendência de reversão está provocando forte procura pela moeda nas casas de câmbio. O relato foi enviado pelo diretor da Supercâmbio, Régis Radin, que trabalha com oito casas de câmbio.
— Pessoal está achando que vai subir mais — conta Radin.
Como esperado, o dólar começou a quinta-feira nervoso e ainda com forte tendência de alta. A cotação comercial bateu R$ 3,90 e se aproxima dos R$ 3,95 neste início de tarde. Banco Central e Tesouro Nacional fazem intervenções, mas não conseguem conter o câmbio.
— Um cliente deixou de comprar 5 mil euros na semana passada e resolveu esperar. Hoje, gastou R$ 1 mil a mais —diz Radin, contando que o real também se desvaloriza em relação a outras moedas.
A AZM Consultoria em Câmbio, inclusive, interrompeu as vendas por alguns minutos. O motivo é a volatividade.
Os leitores e ouvintes da coluna Acerto de Contas perguntam se devem comprar agora ou esperar. Repetindo o que se fala no mercado, o câmbio foi feito para enlouquecer os economistas. No entanto, os motivos principais que estão provocando a alta do dólar atualmente não são facilmente ultrapassados, como as eleições no Brasil e a tendência de alta no juro dos Estados Unidos.
Perguntamos a Regis Radin qual orientação tem dado aos clientes da Supercâmbio. Ele respondeu:
— Aconselhamos a comprar aos poucos. As pessoas não seguem. Então, dizemos que, se for comprar tudo de uma vez, compra agora.
Considerando as oito casas de câmbio que a empresa trabalha, a cotação varia no Rio Grande do Sul entre R$ 4,03 e R$ 4,09 tanto para dólar em espécie quanto para o cartão pré-pago. O papel moeda paga 1,10% de IOF. O cartão tem alíquota de 6,38% do Imposto sobre Operações Financeiras.