A disparada na cotação do dólar – que fechou a quarta-feira (6) acima dos R$ 3,80 – não é uma notícia que anima brasileiros com viagem marcada ao Exterior. Para quem não pode extrapolar nos gastos lá fora, especialistas recomendam cautela. Além disso, revisar a programação de atividades pode trazer alívio ao bolso.
— É importante ter planejamento. Um roteiro que pode ser feito antes da viagem ajuda a encontrar atividades próximas umas das outras e, assim, economizar com transporte. Há locais, como museus, com entrada gratuita em determinados dias na semana — sublinha o educador financeiro Adriano Severo, professor da QI Faculdade e Escola Técnica.
O especialista acrescenta que o cartão de crédito deve ser usado com prudência. As compras com o dinheiro de plástico estão sujeitas à imprevisibilidade, porque podem ser convertidas pelo valor do dólar no dia de fechamento da fatura ou pelo dia de vencimento. Nessa forma de pagamento, também há o impacto da alíquota de 6,38% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No dólar em espécie, a taxa é menor, de 1,1%. Entretanto, existe o risco de perda ou roubo de cédulas durante a viagem. Conforme Severo, uma das principais dicas a quem deseja levar a moeda física para fora do país, se houver tempo hábil, é comprá-la aos poucos.
— O ideal é fazer isso porque o impacto de uma eventual elevação do dólar não será tão grande. Se toda a compra for deixada para a última hora, pode haver uma alta capaz de tornar inviável a viagem — reforça.
O especialista lembra que eleições elevam incertezas na política e na economia. Por isso, diz, não há como afirmar se a opção mais adequada é aguardar pela definição das urnas antes de visitar outros países.
— Não há como prever o melhor momento para viajar. O resultado das eleições pode, inclusive, causar novas altas no dólar — complementa.