O Hospital Moinhos de Vento prepara a instalação de um projeto-piloto para gerar energia solar. Serão cinco painéis de 1,75 metros quadrados cada, que produzirão 2.168 kWh ao ano.
O sistema deve entrar em operação já em julho e a intenção é suprir toda a necessidade de energia do edifício usado como garagem. A partir deste aprendizado, a ideia é ampliar em 2019 o projeto de energia solar com células fotovoltáicas para outras áreas do hospital. A busca é pelo desempenho sustentável com fontes limpas e redução de despesas.
A informação foi antecipada para a coluna Acerto de Contas pelo superintendente do HMV. Assim como a colunista, Evandro Luis Moraes é entusiasta das gerações alternativas de energia.
— O assunto energia em todas suas variantes é fascinante. Pela escala, viés sustentável e potencial de ganhos financeiros — comenta o executivo.
Moraes lembra que, há dois anos, conduziu a migração do Hospital Moinhos de Vento para o chamado mercado livre de energia elétrica, onde grandes consumidores negociam preços com os geradores. Com isso, não dependem dos preços fixados nas distribuidoras. Se emplacar a geração de energia solar, a instituição dependerá menos do mercado livre e até vender o excedente.
— Dispensável comentar que, pelo volume de energia que consumimos em um hospital de 500 leitos, centro cirúrgico com 17 salas, CTI's e as mais diversas especialidades estruturadas, a economia tem sido considerável. Uma redução de 25% em nossa conta nos últimos 27 meses. Entramos em nosso terceiro ano de contrato e já começarmos a prospectar boas ofertas de energia para 2020/2021 — detalha o superintendente.
Lembrando ainda de outra iniciativa que está sendo desenvolvida no Hospital Moinhos de Vento e que se refere aos resíduos. Desde maio do ano passado, a instituição não envia resíduo hospitalar infectante para aterros sanitários. São 2 mil toneladas por ano que estão sendo transformadas dentro do hospital no que chama de "células de energia". A segunda fase do projeto está em execução transforma o material em gás.
— O ganho sustentável com esta ação é imenso, associado à redução de um potencial passivo ambiental futuro. Há ainda uma redução importante de custos que gira em torno de R$ 1 milhão ao ano — conta Moraes.
A ideia é usar o gás gerado pelos resíduos para aquecer a água de chuveiros, torneiras, cozinhas e fogões industriais. Mais uma economia aí, que tem potencial de atingir R$ 1,5 milhão ao ano na conta de gás natural da Bolívia.