Caiu para entre quatro e cinco anos o prazo para retorno do investimento na instalação de equipamentos para geração de energia solar. É o chamado "pay back". Em 2012, quando regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica permitiu a compensação na conta de luz, o prazo ficava entre 11 e 12 anos.
O motivo foi, principalmente, a queda no custo dos equipamentos. Para se ter ideia, só em 2017, houve uma redução de 30% nos preços.
A comparação é feita considerando residências e pequenos comércios. São os consumidores da chamada Classe B, de baixa tensão. Segundo a MGF Solar, de Canoas, a conta de luz não zera totalmente, mas pode ter uma redução de 95% com o uso de energia solar.
— O sistema permite, inclusive, gerar créditos no verão para consumir no inverno — explica o proprietário da empresa, Gerson Pinho.
Segundo ele, a instalação de um sistema em residências e pequenos comércios custa de R$ 15 mil até mais de R$ 100 mil. Na empresa dele, já realizou serviços de R$ 30 mil a R$ 80 mil.
No caso de consumidores de alta demanda, é diferente. A conta de luz caiu até o valor da demanda contrata, chamada também de custo de disponibilidade.
O engenheiro foi contratado, inclusive, para instalar o sistema para o 7º Congresso Brasileiro de Energia Solar, que começa nesta terça-feira (17), em Gramado. Foram colocadas 80 placas em uma área de 200 metros quadrados na Faurgs.
O evento será mantido somente com a energia solar gerada pelo sistema, que ficará lá para abastecer a estrutura. A constração foi feita pelo Instituto Labsol e UFRGS.
O Rio Grande do Sul é o segundo Estado do país com mais unidades para geração de energia solar e o terceiro no ranking de potencial instalado. Somente em 2017, aumentou em 119% o número de projetos.