Nos últimos tempos, o mecanismo de solidariedade da Fifa virou uma fonte de receita importante para os clubes. Pela regra da entidade, o clube que contrata um jogador precisa pagar um percentual aos clubes que fizeram a formação do profissional até os 23 anos.
Estamos acompanhando casos de vendas que ganham as manchetes e geram interesse para a dupla Gre-Nal. No Grêmio, o exemplo recente é o de Arthur, assim como foi com o Inter nas vendas de Alisson e Fred.
Mas em muitas vezes os negócios envolvem jogadores que os torcedores nem lembram mais que atuaram por aqui, incluindo alguns que nem tiveram passagem pelo grupo principal. Recentemente, trouxe a informação do valor que o Grêmio poderá receber pelo zagueiro Miguel Alcântara, que trocou o São Paulo pelo Ascoli, da Itália.
Nos próximos dias, uma transferência no futebol português poderá render dinheiro para o Grêmio. O goleiro Helton Leite, destaque do campeonato local, deverá trocar o Boavista pelo poderoso Benfica.
Ele é filho do ex-goleiro João Leite, que atuou no Atlético-MG e hoje é político. A passagem mais conhecida de Helton foi no Botafogo, entre 2014 e 2017. Mas antes disso, o goleiro atuou por três anos nas categorias de base do Grêmio, entre 2008 e 2010.
Sem oportunidades no Grêmio, Helton jogou depois em clubes como J Malucelli, Boa Esporte, Ipatinga e Criciúma, antes de chegar no Botafogo. Mas foi em Portugal que se afirmou. Desde 2018 no Boavista, é destaque no campeonato local.
O Benfica deverá pagar 1,5 milhão de euros (R$ 9 milhões) para comprar o goleiro de 29 anos, que deverá ter um salário de 40 mil euros (R$ 240 mil) por mês.
Se o negócio for confirmado, o Grêmio tem direito a receber R$ 135 mil pela formação de Helton Leite. Pode não parecer muito, mas somando com outros casos, a situação já fica diferente. Por exemplo, o empréstimo de Dudu do Palmeiras para o Al Duhail deverá render R$ 190 mil para o tricolor.
Por isso, o mecanismo de solidariedade merece toda a atenção.