Em um momento de dificuldade financeira, é natural que os clubes busquem recursos em diversas frentes para tentar amenizar a situação. É assim em casos de dívidas antigas, como a do Fluminense com o Grêmio e com as possibilidades de ganhos com o mecanismo de solidariedade.
No Grêmio, há um outro caso, que é diferente e envolve um jogador que poucos conhecem. O zagueiro Miguel Alcântara, 20 anos, atualmente está no Ascoli, da segunda divisão da Itália.
Natural de Americana, interior de São Paulo, ele teve passagem com destaque pela base gremista. Em 2014, foi convocado para a seleção brasileira sub-15. Logo depois, se transferiu para o São Paulo. Em 2017, voltou a ser convocado, desta vez para a seleção brasileira sub-17.
Com este histórico, chamou a atenção dos empresários. Em setembro de 2019, ainda no sub-20 do São Paulo, foi vendido para o Ascoli por 500 mil euros (cerca de R$ 2,8 milhões). O detalhe é que na negociação entre Grêmio e São Paulo, o clube gaúcho ficou com um percentual dos direitos econômicos do zagueiro.
No Balanço Patrimonial, publicado no site do Grêmio, o percentual é de 50%. Se realmente foi isso, o clube teria direito a 250 mil euros (cerca de R$ 1,4 milhão). No clube, não consegui uma confirmação de que o percentual atual seja efetivamente este. Mas o que foi me passado é que o clube está atento a esta situação e que o dinheiro ainda não entrou. O assunto está na pauta. E uma verba extra poderá entrar nos cofres.