Campeão da Libertadores, da Copa do Brasil e da Recopa Sul-Americana pelo Grêmio, o goleiro Bruno Grassi, hoje aos 33 anos, está em meio a sua segunda temporada desde que deixou o Tricolor, no início de 2019. Depois de defender o Criciúma, joga hoje com as cores do CSA, de Alagoas. O carinho pelo clube onde conquistou os principais títulos da carreira, no entanto, segue o mesmo.
— O Grêmio é o clube que me deu uma grande oportunidade. Mesmo de longe, sempre torço para o time alcançar os seus êxitos — falou.
A realidade no Nordeste tem sido positiva para o defensor. Atualmente em férias forçadas pela pandemia de coronavírus, Grassi mora a cerca de uma hora de carro da praia em Maceió, mas não pode aproveitá-la neste momento. Garante estar feliz ao lado da esposa e dos filhos do casal.
Assim como em Porto Alegre, a capital de Alagoas também vive dias atípicos pelo afastamento social, com poucas pessoas circulando pelas ruas. A família do goleiro segue a fio as recomendações dadas pelos órgãos de saúde. O goleiro também mantém uma rotina de treinos adaptados para manutenção da parte física.
Dentro de campo, após uma lesão ligamentar na parte final de 2019, quando ainda defendia o time catarinense, Bruno tratou de terminar a recuperação e apresentar-se apto ao CSA. Foram dois duelos vestindo a equipe pela Copa do Nordeste e estadual.
— A estrutura é muito boa. O clube tem uma visão muito boa para o futuro. Está se preparando para ficar na Série A — projetou.
A elite do futebol brasileiro é a grande meta do ex-gremista. Para ele, dentro do time nordestino é possível alcançar esse objetivo.
A vivência entre os grandes do país virou rotina no Tricolor. Contratado em 2015 para disputar posição com Marcelo Grohe, foi reserva com participação nas campanhas vitoriosas de Copa do Brasil, tendo atuado contra o Palmeiras no Allianz Parque, e da Libertadores. Foram quase quatro anos na Arena, fato que é ostentado com orgulho como o clímax da carreira até o momento:
— Foi a passagem pelo Grêmio e a manutenção. Cheguei por dois anos e meio e pude renovar. Muitos chegam e voltam. Fui feliz como campeão — disse.
Durante os anos de Grêmio, Grassi chegou a receber convites de Botafogo e Chapecoense. Sempre optou pela permanência em Porto Alegre. Está no planejamento do goleiro, que já passou por mais de 10 clubes, jogar por mais um bom tempo.
— Projeto parar de jogar aos 40, 41 anos — relatou.
Para o futuro, quer se preparar para seguir ligado ao futebol em outra função. O trampolim não será direto:
— Vou me preparar para fazer (cursos). Vejo alguns colegas que querem emendar direto. Tem que se preparar. O maior exemplo é o Rogério Ceni — finalizou.