A repercussão da demissão dos médicos Márcio Bolzoni e Felipe do Canto agitou o ambiente interno do Grêmio. Em entrevista na Rádio Gaúcha, no sábado, Bolzoni disse que a sua saída foi um pedido de Renato Portaluppi. Mais do que isso, falou que o vice-presidente de futebol Duda Kroeff explicou no momento do comunicado que o técnico alegou que não continuaria no cargo caso os médicos ficassem no clube.
Ainda no sábado, Duda negou a versão de Bolzoni e disse que a decisão foi coletiva. Mas confirmou a insatisfação de Renato com os médicos. O fato é que, pedindo a demissão ou não, o técnico teve uma participação decisiva no processo de saída dos profissionais.
O que pouca gente percebeu é que tudo isto que aconteceu deixa um recado importante. E vai muito além deste restante de temporada. Faltando três meses para terminar o seu contrato, o técnico está preocupado com as questões do futuro.
Este me parece ser um sinal de que Renato está pensando as coisas a longo prazo no Grêmio. Não faria sentindo interferir no departamento médico e sair três meses depois. Se a renovação de contrato vai se confirmar, ainda não sabemos. Mas este pode ser um indicativo importante.