O vice-presidente de futebol do Grêmio, Duda Kroeff, negou neste sábado (22) que a dispensa da equipe médica do clube tenha sido um pedido do treinador Renato Portaluppi.
- A demissão foi uma decisão coletiva, amadurecida - declarou Kroeff, rebatendo posição de um dos demitidos, o médico Márcio Bolzoni.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Bolzoni afirmou que Renato pediu a sua dispensa e não a justificou.
- Eu não sei por que fui demitido. Não sei por que o doutor Felipe do Canto foi demitido. Não nos foi dada nenhuma explicação...a imprensa noticiou a minha demissão uma semana antes de eu saber, sem que me fosse dada nenhuma razão. Ontem, o ex-presidente Duda Kroeff, pessoalmente, me disse que o Renato pediu a nossa demissão. Eles atenderam porque o Renato colocou que ou nós ficávamos ou ele saía. O próprio Renato não deu uma justificativa da decisão. No meu modo de ver, uma atitude que talvez tentasse tirar o foco do mau resultado do Gre-Nal ou algo do tipo - reclamou Bolzoni.
Kroeff admite que Renato vinha reclamando da equipe médica, mas reitera que a decisão foi coletiva.
- Resolvemos mexer no departamento médico, fazer uma reestruturação. O Renato se queixava, mas não pediu a cabeça. Tudo no futebol a gente decide assim: Renato, André Zanota, Deco Nascimento, Alberto Guerra, Duda Kroeff, Carlos Amodeo e o presidente Romildo Bolzan. Nessa ordem.
Duda não deu detalhes dos motivos da demissão. Extraoficialmente, dirigentes do Grêmio comentaram que haveria descontentamento com as dores manifestadas por André antes do Gre-Nal, que não teriam sido levadas em conta pelo departamento médico - o jogador teve rendimento abaixo do esperado. Além disso, o adiamento de uma cirurgia em Jael, porque Bolzoni estava em férias, teria irritado Renato.