Eduardo Bueno
Nunca sei onde andam meus livros: tenho 8 mil e lá se vão uns maus 10 anos que todos jazem fora de ordem, imersos no caos completo daquilo que certo dia constituiu uma biblioteca digna do nome. Assim, perdi a conta das vezes em que tive de comprar outro exemplar por não achar o original soterrado em alguma pilha. Mas sabe que pelo menos uma vez na vida isso se revelou uma bênção? Foi hoje mesmo — mas começou há cerca de dois meses, quando precisei consultar O Faroeste, de Dee Brown, o mesmo autor do tragicamente magistral Enterrem meu coração na curva do rio. Como sabia que David Coimbra não apenas era fã de Dee Brown, mas um feliz possuidor do livro — e que os dele ficam em seus respectivos nichos e estantes —, liguei para ele e perguntei se me emprestava.