Sou um sobrevivente nato. Embora só tenha aprendido a amarrar os cadarços depois dos 12 anos e a andar de bicicleta com quase 18, além de sempre ter tido certa dificuldade na hora de bater palminhas e até hoje às vezes enfiar o sorvete na testa, decidi, e já em tenra idade, que seria um intrépido aventureiro, um andarilho decidido, estradeiro convicto. Por isso, fui forçado a desenvolver um método especial para sobreviver a mim mesmo e persistir sob as mais rígidas condições – em geral aquelas que eu próprio havia provocado. A fórmula consistia em apelar para o mais radical despojamento: manter as mãos e os bolsos vazios e, sempre que possível, não fazer nada. A não ser, é claro, falar.
Bacalhau ao murro
Estou feliz com a decisão que liberou o STF para comprar, com meu dinheiro, lagosta e vinhos para seus lautos bufês
Quero me oferecer para lavar e preparar os peixes e frutos do mar que Vossas Excrescências irão saborear após a árdua labuta legal
Eduardo Bueno