Ele é um dos maiores árbitros da atualidade. Comandou o jogo de abertura e a grande final da Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Tem partidas decisivas em competições como Libertadores, Recopa e Copa Sul-Americana no currículo. Só que antes de virar uma referência no apito e apostar de vez na arbitragem, o argentino Néstor Pitana teve trajetória profissional bastante inusitada.
O juiz de 44 anos trabalhou como segurança de boate, como socorrista e teve participação como ator no filme argentino La Furia, em 1997. A aparição no cinema foi rápida e a carreira não passou disso. A ligação com o esporte falou mais alto. Formado em educação física, Pitana tentou ser jogador de futebol e também chegou a arriscar alguns arremessos no basquete. Entretanto, a carreira que daria certo seria a de árbitro.
O interesse pela arbitragem cresceu a partir da virada dos anos 2000. Os primeiros jogos da primeira divisão do futebol argentino vieram em 2007 e o ingresso no quadro da Fifa ocorreu em 2010. Depois disso, as coisas evoluíram rapidamente. Em 2013, Pitana fez a final da Libertadores. Foi designado para a Copa do Mundo do Brasil, mas foi quatro anos mais tarde que alcançou o auge com a decisão da Copa da Rússia.
Na arbitragem, Néstor Pitana se tornou algo que não conseguiu como ator: uma celebridade mundial. É assim que ele é tratado por onde passa. Foi contratado para apitar a final da Copa do Rei da Arábia Saudita no ano passado e foi recebido no país como uma estrela.
Por isso, não é exagero dizer que a partida do Inter contra o Nacional-URU, nesta quarta-feira (24), terá mais do que um árbitro, uma personalidade do futebol no apito. Um confronto que envolve muita tradição e pode até ter alto nível de exigência para o juiz, mas não acredito que Pitana possa passar dificuldades para comandar a partida.