É até cruel cobrar isso de Roger Machado, que recém chegou e pegou um trem desgovernado, mas além dos ajustes táticos e coletivos ele tem decisões complicadas a tomar. Roger está certo quando diz que não largará a mão de Valencia, mas como jogar mais vezes com um a menos até o intervalo?
O equatoriano é o melhor atacante do Inter, só que não consegue acertar mais nenhum movimento. Algo bem grave está acontecendo. Ou Roger e Paulo Paixão trabalham o mental de Valencia nesta semana de treinos antes da parada duríssima contra o Cruzeiro, no Mineirão, ou será preciso sacá-lo.
Outro ponto é Lucas Alario. Até quando esperar por aquele camisa 9 campeão da América pelo River Plate em 2015? Há nove anos, antes das lesões, ele fazia um gol a cada dois jogos. Era uma máquina de balançar as redes. Mas lá se vão quase uma década. Há muito tempo não é assim.
É mais ou menos o roteiro de Gabriel Carvalho e seus 17 anos completados no último sábado (17). Hyoran era o ficha 1, na ausência de Alan Patrick. Bruno Henrique, o ficha 2. Ambos "famosos", por assim dizer. Gabriel era o de menos grife, mas o campo falou. Alguém duvida que o jovem tem de continuar?
Ricardo Mathias, apenas 18 anos e camisa nove de ofício, entrou bem contra Juventude e Atlético-GO. Aliás, Alario tinha os mesmos 18 anos quando explodiu no Colón, antes de se transferir para o River Plate.
São decisões difíceis porém inadiáveis para Roger Machado, que agora teria a vida facilitada se os jovens da base tivessem recebido chances lá atrás, com menos pressão, para chegar à reta final do ano mais maduros. Mas o Inter se atrapalha demais com a sua base, que vem secando nos últimos anos também por isso.