A chegada de Taison muda o Inter de patamar. Se ele voltasse ao Brasil para jogar no Flamengo, não. Aí seria mais uma estrela entre Everton Ribeiro, Gabigol, Gerson, Arrascaeta.
Mas, no Beira-Rio, pela maneira como lutou para se desvencilhar do Shakhtar Donetsk antes do fim do vínculo, forçando a barra mesmo diante de uma relação de 10 anos, aceitando perder dinheiro na comparação com o que ainda poderia faturar se permanecesse na Europa, no Inter ele será protagonista.
Ramírez o usará, taticamente, conforme o adversário. Ora na esquerda, hoje ocupada por Patrick. Ora por dentro, como meia, na vaga de Praxedes. Na Ucrânia, vinha jogando mais como meia, mas seu espaço de atuação nunca deixou de ser o lado esquerdo.
Segue ligeiro, ainda que não seja mais aquele velocista tipo F-1, de ir ao fundo como quem compra bala na esquina. A carreira foi levando-o para uma faixa central, com mais espaço para desenvolver habilidades adquiridas. Tite o convocou para a Copa da Rússia assim.
Taison, não apenas na equipe, mas como garoto propaganda. Também Saravia, Boschilia e Rodrigo Moledo ali adiante.
Ramírez vai ganhando peças para o seu jogo de posição.