O primeiro tempo do Grêmio foi desinteressado. O time de Renato parecia encarar o jogo como algo aborrecido, só pelo contra-cheque. Com Maicon e Lucas Silva burocráticos e se mexendo pouco, além de Patrick pouco vertical, o Grêmio viveu de Everton. A velha história da posse de bola inofensiva, sem nem exigir do goleiro Fábio.
No contra-ataque, com espaço pela lentidão do Grêmio para recompor, o São José fez 1 a 0 com bola no chão e ainda teve um gol anulado no detalhe. Diguinho não fazia gol há 10 anos. Após puxão de orelhas de Renato no intervalo, o Grêmio voltou mais competitivo e outra atitude. Em 15 minutos, duas bolas na trave, sempre em lances criados por Everton.
O empate só poderia vir com ele, o cara, o que vai para cima, de cabeça. O lado direito funcionou coletivamente, com Victor Ferraz, enquanto Everton fazia tudo sozinho na esquerda, diante das limitações de Cortez. A pressão foi enorme. Com Ferreira no lugar de Lucas, teve blitze: ataque contra defesa.
A virada veio com Cebolinha (69 gols pelo Grêmio), claro, pé direito, após lance de Ferreira, na oitava finalização sua na partida. Final: Everton 2x1 São José.