UM INTER MAIS CASCUDO – Com uma atuação cascuda, administrando momentos de pressão inevitáveis fora de casa contra um adversário tradicional, o Inter voltou do Uruguai com excelente vitória por 1 a 0 sobre o Nacional. Perto da vaga nas quartas da Libertadores.
Ao contrário do confronto de mata-mata da Copa do Brasil, diante do Palmeiras, exibiu postura mais agressiva e, portanto, equilibrada. D'Ale, pela primeira vez desde janeiro, atuou fora do Beira-Rio. A atuação não foi de luxo, mas Paolo Guerrero decidiu no último minuto. Agora já são 10 gols do peruano em 16 jogos com a camisa do Inter.
A SANTA EXPULSÃO DE GEROMEL – Uma santa expulsão de Geromel, a 5 minutos do segundo tempo, que podia ser um obstáculo intransponível para o Grêmio furar a retranca do Libertad, tornou-se a salvação. Renato teve de mexer no time.
Os que vieram do banco fizeram os dois gols. Vaiado, André saiu em nome do zagueiro David Braz. Tardelli substituiu Jean Pyerre. O Libertad, com um jogador a mais, se achou. Tentou atacar um pouco. Deu espaço. Foi o seu erro.
Em dois lances de bola parada, escanteio e cobrança de falta, nascidos de insistência ofensiva mesmo com 10, o Grêmio fez 2 a 0. Com saldo e sem levar gol em casa, está quase nas quartas.
PODER, DINHEIRO E DERROTAS – Quando fez 6 a 1 no Goiás, parecia que a Seleção de 1970 tinha reencarnado. O português Jorge Jesus chegara para liderar uma revolução instantânea no Flamengo. Dias depois, queda para o Athletico-PR, na Copa do Brasil.
Essa semana, 2 a 0 do Emelec, na Libertadores. Jesus escalou Raphinha no meio. Manteve Rodinei na lateral. Poderia ter sido mais. Não existe mágica. O Flamengo demite e frita treinadores demais. Não os deixa trabalhar. Salvo exceções, é péssimo.
Pode se classificar no Maracanã? Sim, pois o Emelec tem menos qualidade, tradição, torcida e folha salarial. Mas terá de suar sangue.