Curiosamente, a expulsão de Geromel, no começo do segundo tempo, salvou o Grêmio. O Libertad, com um jogador a mais, arriscou-se só um pouquinho. Animou-se. Se achou. Tentou sair do ferrolho que armou na Arena. Foi o que bastou para o Tricolor, com muito mais qualidade, matar o jogo.
A estrela de Renato brilhou. Tardelli e David Braz, que entraram nos lugares de André e Jean Pyerre, para recompor o time em duas linhas de quatro, fizeram os gols em bola parada. Posso estar enganado, mas o Grêmio ganha também em Assunção. Lá, o Libertad terá de atacar, e não tem qualidade para isso. Dará espaço.
Havia algum tempo não se via uma retranca assumida tão desavergonhada como ontem na Arena. O Grêmio passou o jogo todo com mais de 70% de posse de bola. Os paraguaios não conseguiam trocar meia dúzia de passes. Parecia Gauchão, tipo Grêmio e São Luiz.
Um time sem ambição, punido com justiça pela covardia. Somente a partir dos 30 do segundo tempo, depois do belo gol de Tardelli, o Libertad arriscou algo. O drible de Everton não entrou. Nem o de Alisson, do outro lado. Assim, o Grêmio trocava passes, mas não entrava.
Matheus Henrique jogou por ele, Maicon e Jean Pyerre na lucidez criativa. Vitória perfeita, na experiência, sem pânico na hora ruim: com 2 a 0 de saldo e sem levar o gol qualificado. O Grêmio está classificado.