Angústia, tensão e a mão de um treinador que tem a aura dos ídolos. Quando tudo parecia andar por um caminho turvo, depois de um primeiro tempo arrastado e de um segundo que começou com expulsão infantil de Geromel, Renato mandou a campo dois jogadores que abriram o caminho das quartas de final.
David Braz foi chamado para substituir um, outra vez, insosso André, e preencher o espaço na zaga deixado por Geromel. Pouco depois, Tardelli entrou no lugar de Jean Pyerre, ressentido da lesão no ombro.
Os dois entraram justamente quando o experiente time do Libertad havia saído da defesa e controlava as ações de forma perigosa, desenhando uma noite que remetia ao jogo de março, na Arena.
Primeiro, veio o gol de Tardelli e, enfim, sua resposta ao alto investimento. Kannemann desviou o escanteio, em Braz também disputou pelo alto, e o atacante marcou, em acrobático voleio. A esta altura, o resultado era muito melhor do que o campo oferecia. Mas havia mais.
Em outro escanteio, Braz fez o segundo e mostrou o quanto saiu cara a demora na contratação de um zagueiro. A noite na Arena, assim, terminou iluminada pela mão de Renato e com as quartas de final da Libertadores apontando no horizonte.
O 2 a 0, mais do que encaminhar a vaga, apresentou uma versão atualizada de Tardelli, que depois do jogo revelou o drama de ter enfrentado um quadro depressivo. Que seu gol, assim como fez na noite gremista, aponte-lhe um novo caminho.