Faz 46 anos que ando por todos os continentes narrando futebol e vivendo grandes competições. O que vi nesta quinta-feira (25) na Arena do Grêmio foi surreal. O primeiro tempo teve domínio amplo do time de Renato, mas com poucas situações e nenhum gol.
No segundo, a expulsão de Pedro Geromel deixou cair sobre o gramado uma aura de imensa preocupação. O que se poderia imaginar seria dificuldade extrema do Grêmio. Erramos todos, jornalistas e torcedores.
Bastou um escanteio para Diego Tardelli fazer um golaço. Mas não pararia aí. Teve falta do lado esquerdo e, na cobrança, o gol de cabeça de David Braz. Os dois entraram para dar aos gremistas uma vitória surreal.
Não lembro de ver um time, em grandes competições como a Libertadores, com um jogador a menos, fazer dois gols e deixar a classificação para as quartas de final muito bem encaminhada. Claro que tem o segundo jogo, mas o passo na Arena foi gigantesco.
O Grêmio precisa olhar com toda atenção o desfecho de Palmeiras e Godoy Cruz. O Defensores del Chaco deve ser o estádio da confirmação do Grêmio nas quartas de final.
O surrealismo frequenta estádios de futebol.