Trabalhar com tranquilidade e alguma confiança é essencial no futebol, mas é muito mais no caso do Inter, em função dos últimos anos. Lembremos que a peregrinação de retorno à Série A veio com crises a resolver.
Não foi uma jornada tranquila. Tanto que houve duas demissões e três técnicos: Antônio Carlos Zago, Guto Ferreira e o próprio Odair Hellmann, mantido para 2018.
A goleada por 4 a 0 sobre o São José, que dá esperança de um primeiro passo rumo a um horizonte melhor pela maneira como ela se desenhou em termos de conceito de futebol, e não pelo resultado em si, ajuda a criar uma agenda positiva no Beira-Rio.
Treinando com bola, Uendel já está prestes a voltar. Wellington Silva agora treina como se estivesse há tempo em Porto Alegre, sem dores no púbis. A gastroenterite de Nico López se foi. Roger se fortalece fisicamente a cada dia. Os três últimos no banco, contra o Juventude, quinta-feira, garantem opções fortes para o técnico mudar o jogo, se precisar. E tem ainda o zagueiro Rodrigo Moledo, recém-contratado.
Ainda são tranquilidade e confiança frágeis, em início de trabalho, é claro. Mas o Inter as teve tão pouco em 2016 e 2017 que é justo saudá-las quando elas chegam por méritos próprios.