Quem apostou contra a ideia de carros sem motorista, achando que era uma maluquice futurista, se deu mal. Veículos sem condutor já saíram dos laboratórios e passaram a ser testados no trânsito. A pesquisa começou ainda na década de 1960, por técnicos do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Mais recentemente, a empresa de transportes Uber aprimorou os testes, criando centros em vários lugares no território americano.
A China também já testa carros sem motorista. Ou seja, é algo que está se desenvolvendo internacionalmente nos dois países mais influentes do mundo. Na Alemanha, nação mais poderosa da Europa, já ocorre o mesmo.
Nos Estados Unidos, uma das cidades que estão testando esses carros é São Francisco, no Estado da Califórnia. Não é coincidência que o Vale do Silício seja perto dali. Um carro sem motorista é possível graças a vários sensores instalados na lataria, uma câmera pequenina no teto pelo lado de fora e um computador de bordo. Esses equipamentos substituem o condutor.
Quem mora em São Francisco apelidou os táxis sem motoristas de robotáxis. Eles são vistos por todo lado. A cena é muito curiosa. Você pede um táxi e, na sua frente, para um carro vazio. Por enquanto, são testes. Mas aos poucos esses veículos estão se tornando mais comuns.
A Tesla, do empresário bilionário Elon Musk, desenvolveu seu modelo autônomo. A Amazon, de Jeff Bezos, também. A empresa Google criou uma subsidiária, a Waymo, para expandir as pesquisas e colocar à venda um carro sem condutor. Uma das coisas que precisam ser aprimoradas nos testes é como evitar acidente, o que já aconteceu na China e nos Estados Unidos.
O fenômeno do carro autônomo é parecido com o que vivemos com a introdução da internet. Com o tempo, nossas vidas passaram a ser regidas pela rede mundial de computadores. Os carros sem motorista ainda não chegaram ao Brasil. Mas a tecnologia já pode ser adaptada ao veículo. E antes de serem vendidos comercialmente, será necessária a mudança do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A lei prevê que o motorista mantenha as duas mãos ao volante, algo que é respeitado por poucos humanos. Talvez um carro sem motorista possa reduzir a imprudência e a barbeiragem no trânsito.