O Grêmio fez tudo errado do início ao fim nesta Recopa Gaúcha perdida para o São Luiz. A derrota em si foi o menor dos problemas. Há quem diga que tudo começa na manifestação de Renato, na noite anterior ao jogo, em suas redes sociais, comunicando que não iria com a delegação para Ijuí e acompanharia a partida pela TV em Porto Alegre. O treinador usou o próprio perfil para isso. Se fosse pelas redes do Grêmio, seria pior. Mas a série de erros começa ainda antes.
Quando a delegação gremista chegou em Ijuí, no final da tarde de terça-feira (27), haviam cerca de 200 torcedores para recebê-la. Uma mobilização muito bonita da região.
O problema é que apenas um jogador foi atender os torcedores. Sim, apenas um. O Caíque. O goleiro foi bem antes, durante e depois da partida — visto que deu uma entrevista de dirigente após a derrota.
Dentro de campo, o Tricolor jogou mal e perdeu merecidamente. No fim, o elenco fez feio em não pegar a medalha de vice-campeão. Muito feio.
Do início ao fim, o Grêmio passa a mensagem de que está criando uma geração de mimados.
Começa que, hoje, o Renato tem a figura de dirigente no Grêmio. Ele é o presidente e o vice-presidente do clube. Parece que não se tem ordem no clube. Não se pode passar essa mensagem, principalmente aos jovens jogadores.
O problema ainda aumenta quando absolutamente ninguém do Grêmio foi receber as medalhas na premiação. Ninguém da comissão técnica e nem o presidente Alberto Guerra — aliás, é preciso elogiar ele por ter ido a Ijuí, como também foi a Erechim, mesmo que Renato e o vice de futebol Antônio Brum não tenham ido.
Eu me lembro quando o Inter perdeu a final do Gauchão para o Grêmio na Arena em 2019 e também não foi receber as medalhas. Criticamos à época. E agora o Tricolor faz o mesmo. É vergonhoso.