Uma matéria do repórter Marco Souza, aqui em GZH, nos últimos dias, falava e exaltava os números de Luis Suárez nos seus seis primeiros meses de Grêmio. E, realmente, eles são impactantes.
Desde o acréscimo no quadro social até os gols em jogos decisivos, o atacante uruguaio, de fato, parece ter mudado o Tricolor de patamar. Em outros tempos, a venda de jovens jogadores da base era o grande motivo de aplausos às finanças do clube.
A proposta desta reflexão surge, por isso, desta curiosa comparação. Alguém já parou para pensar o que rendeu mais ao Grêmio entre a venda de Arthur e a compra de Suárez? Em uma simples análise podemos começar falando que os dois assuntos não se comunicam, mas quando analisamos os números talvez algo mais impactante nos faça parar para pensar.
A venda de Arthur rendeu ao Grêmio pouco mais de 30 milhões de euros e é a maior negociação da história do clube. Esse número até hoje é muito comemorado por todos os gremistas. Um jogador criado na base do tricolor saiu de Porto Alegre para o Barcelona e rendeu muito. O volante jogou pouco mais de uma temporada entre os profissionais na capital dos gaúchos.
Rapidamente, analisamos os números da contratação de Suárez e temos o assunto exposto, e a comparação é inevitável. O craque de quatro Copas do Mundo rendeu fortunas ao Grêmio. Da valorização de patrocínios a recordes históricos na loja e no quadro social, a dobradinha entre Grêmio e Suárez mudou o patamar dos negócios envolvendo um clube gaúcho. Neste assunto, não coloco o ganho emocional, intangível por óbvio, que espalhou o engajamento da marca Grêmio por todos os cantos do mundo.
Todos sabemos que as vendas são fundamentais para os clubes brasileiros, mas a atual direção gremista começa a colocar um ponto de interrogação nesta lógica. Com criatividade, Alberto Guerra e os seus companheiros combatem o óbvio.
O Grêmio optou por apostar em outro tipo de investimento. "Comprou" uma marca para valorizar os seus ativos e vendeu outros produtos, diminuindo a necessidade de negociar a qualquer preço a matéria prima fundamental em um clube de futebol.
E agora? Vender ou comprar? Eis a questão.