A fumaça dos incêndios que atingem o Brasil e países vizinhos circula sobre todo o Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (23), mostra o Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus. A agência suíça IQAir aponta elevação significativa na concentração de material particulado fino (PM2,5), poluente que representa mais riscos à saúde, sobre todo o Estado. Como resultado, há piora da qualidade do ar, classificado como insalubre em boa parte do território gaúcho.
Caxias do Sul, na Serra, teve o ar mais poluído do Rio Grande do Sul no amanhecer de segunda-feira. Com índice de 158, a concentração de PM2,5 no ar do município serrano chegou a ficar 12,8 vezes acima do nível de segurança recomendado pela Organização Mundial da Saúde e foi classificado como insalubre pela IQAir. No domingo (22), o IQAir apontou ar moderado e índice de 90 em Caxias do Sul, 68 pontos abaixo do estabelecido nesta segunda-feira.
Com o avanço da fumaça sobre o território gaúcho, o ar também foi categorizado como insalubre em municípios de outras regiões do Estado:
- Santa Maria, Região Central: 157 IQA, concentração de material particulado fino 12,8 vezes acima da média;
- Santa Cruz do Sul, Vale do Rio Pardo: 156 IQA, concentração de material particulado fino 12,7 vezes acima da média
- Passo Fundo, Região Norte: 156 IQA, concentração de material particulado fino 12,2 vezes acima da média
Nestas condições, recomenda-se o uso de máscaras para toda a população. Atividades físicas ao ar livre devem ser evitadas e purificadores de ar devem ser utilizados em ambientes fechados.
Em Porto Alegre e Pelotas, no sul do Estado, o ar foi classificado como insalubre para grupos sensíveis à poluição. Em ambas as cidades a concentração de PM2,5 ficou 9,2 vezes acima do recomendado, com IQA de 130. Neste caso, o uso de máscaras é recomendado apenas para pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas.
Com avanço de uma frente fria e instabilidade, na terça-feira (24) o número de partículas PM2,5 deverá diminuir para 112 na Capital, conforme projeção do IQAir. O montante ainda entra na faixa definida como insalubre para grupos sensíveis.