Marcel Hartmann
Alguns clubes são para poucos. É o caso da prestigiosa Royal Society, sediada em Londres, no Reino Unido: trata-se da mais antiga sociedade científica ainda em atividade no mundo, criada em 1660. Mas o climatologista Carlos Nobre entrou para o grupo seleto formado por seus membros. Por suas contribuições à ciência, esse paulista de 71 anos é o segundo brasileiro nato a entrar para a instituição – quem o antecedeu na honraria foi D. Pedro II. Engenheiro, doutor em Meteorologia pelo Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT) e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), ele estuda há quatro décadas a relação entre clima e a região amazônica. Nesta conversa com GZH, alerta: a Amazônia está chegando a um ponto de degradação do qual não será possível retornar.