Desde segunda-feira (7), estão sendo anunciados os vencedores do Prêmio Nobel em 2024. Nesta terça-feira (8), os nomes de John Hopfield e Geoffrey Hinton foram divulgados como os ganhadores do Nobel de Física pelos trabalhos que permitem o aprendizado de máquina com redes neurais artificiais. Confira outros cientistas que levaram a premiação e quais foram as suas pesquisas.
A honraria é entregue desde 1901, quando a láurea teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do químico e inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896). Desde o início, 116 prêmios de Física foram entregues para 222 cientistas (os prêmios podem ser compartilhados por até três indivíduos).
Em 2023, os pesquisadores Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier foram agraciados com a premiação. O trio realizou experimentos que deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro dos átomos e moléculas.
Veja outros vencedores do Nobel de Física
2022 — Tecnologia quântica
O prêmio de Física de 2022 passado foi concedido aos cientistas Alain Aspect, John F. Clauserand e Anton Zeilinger pelos trabalhos conduzidos de forma independente "que lançaram as bases para uma nova era da tecnologia quântica", nas palavras do comitê organizador do prêmio. As pesquisas abriram caminho para uma nova geração de computadores e sistemas de criptografia invioláveis.
2021 — Mudanças climáticas
O prêmio foi dado em 2021 a Syukuro Manabe, japonês radicado nos EUA; Klaus Hasselman, da Alemanha; e Giorgio Parisi, da Itália. Os dois primeiros foram reconhecidos por suas contribuições aos estudos das mudanças climáticas, nas palavras do comitê, "pela modelagem física do clima da Terra e por terem quantificado a variabilidade de forma confiável". Já o teórico Parisi foi laureado por ter contribuído significativamente à teoria dos sistemas complexos.
2020 — Buracos negros
Andrea Ghez, dos EUA, Reinhard Genzel, da Alemanha, e Roger Penrose, do Reino Unido, levaram o prêmio de Física em 2020 por suas pesquisas sobre os buracos negros na Via Láctea. Os dois primeiros foram responsáveis por comprovar a existência de um buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia, enquanto Penrose foi agraciado por seus métodos matemáticos que relacionam a existência dos objetos às teorias de Albert Einstein.
2019 — Planeta extrasolar e a busca por vida alienígena
Didier Queloz e Michel Mayor, da Suíça, e James Peebles, canadense radicado nos EUA, foram reconhecidos por suas contribuições para a descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar que orbita uma estrela semelhante ao Sol. Suas pesquisas buscam também determinar se existe vida em algum outro lugar do Universo.
2018 — Laser e feixes de luz
O prêmio foi para Arthur Ashkin, dos EUA, Donna Strickland, do Canadá, e Gérard Mourou, da França, "por abrirem caminho para os pulsos de laser mais intensos já criados pela Humanidade". Ashkin criou "pinças ópticas" com feixes de luz que conseguem capturar partículas, vírus e células. Já a dupla Mourou e Strickland elaborou uma técnica para a obtenção de laser de alta intensidade, muito usada em cirurgias oculares.
2017 — Ondas gravitacionais
Barry Barish, Kip Thorne e Rainer Weiss, dos EUA, receberam o prêmio pela descoberta de ondas gravitacionais. Essas ondas confirmam uma previsão de Albert Einstein como parte de sua teoria da relatividade geral.
2016 — Estados exóticos da matéria
Os premiados foram David Thouless, Duncan Haldane e Michael Kosterlitz, do Reino Unido, pelo seu estudo de estados exóticos da matéria que abriram caminho para os supercomputadores.
2015 — Neutrinos
Takaaki Kajita, do Japão, e Arthur McDonald, do Canadá, levaram o Nobel de Física daquele ano pelo seu trabalho com neutrinos que mudou a compreensão do funcionamento mais profundo da matéria.
2014 — Lâmpadas LED
Os japoneses Isamu Akasaki e Hiroshi Amano, junto do americano Shuji Nakamura, foram premiados pela invenção de lâmpadas LED mais eficientes e ecológicas.