Os cientistas norte-americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun abriram as premiações da 123ª edição do Prêmio Nobel com o de Medicina, sendo reconhecidos por suas pesquisas sobre o papel dos microRNAs na regulação genética. Ainda esta semana, mais quatro prêmios serão entregues.
Nesta terça-feira (8), será a vez do Nobel de Física, concedido pela Real Academia Sueca de Ciências. Em 2023, os vencedores foram os franceses Pierre Agostini e Anne L’Huillier e o húngaro Ferenc Krausz. Eles foram premiados pelos experimentos que geram pulsos de luz de attossegundos, permitindo o estudo da dinâmica dos elétrons na matéria.
Já na quarta-feira (9), será a entrega do Nobel de Química. O prêmio de 2023 foi para o francês Moungi G. Bawendi, o norte-americano Louis E. Brus e o russo Aleksey Yekimov, pela descoberta e síntese de pontos quânticos, uma inovação que trouxe avanços importantes para o campo.
A semana segue com a entrega do Nobel de Literatura, na quinta (10), e na sexta-feira (11) será anunciado o Nobel da Paz, o prêmio mais conhecido e prestigiado, concedido pelo Comitê Norueguês do Nobel. Na literatura, o vencedor da última edição foi o autor norueguês Jon Fosse. Enquanto no prêmio da paz, o destaque foi para a iraniana Narges Mohammadi, pela luta contra a opressão das mulheres no Irã e defesa dos direitos humanos e da liberdade.
Na próxima segunda-feira (14), será a vez do Nobel de Ciências Econômicas, que foi criado pelo Banco Central da Suécia em 1968. Na última edição, o prêmio foi para a norte-americana Claudia Goldin, pela contribuição sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho.
O Prêmio Nobel é concedido a personalidades vivas que tiveram êxito relevante no progresso do conhecimento nos campos científico e humanístico. O nome é uma homenagem ao químico Alfred Nobel, que instituiu o reconhecimento.
Agenda
- Nobel de Física: 8 de outubro
- Nobel de Química: 9 de outubro
- Nobel de Literatura: 10 de outubro
- Nobel da Paz: 11 de outubro
- Nobel de Ciências Econômicas: 14 de outubro
Origem do prêmio Nobel
Inventor da nitroglicerina, da dinamite e de um detonador que tornou mais seguro o uso desses explosivos, o químico sueco Alfred Nobel fez fortuna no século 19 levando suas criações mundo afora para serem usadas em mineração e construções.
Porém, em 1888 após ver uma manchete de jornal onde se referia a ele como “o mercador da morte”, fez com que Nobel quisesse mudar a forma como seria visto no futuro.
Assim, em seu testamento, destinou 94% da sua fortuna para premiar, anualmente, "a quem tiver feito a descoberta mais importante" nos campos da física, química, medicina, literatura e para promover a paz. E assim foi criado o prêmio Nobel.
Desde 1901, ano de sua morte, a cerimônia de entrega das premiações acontece em 10 de dezembro, data do aniversário de morte de Alfred Nobel. Inspirado na iniciativa de Nobel, o banco central da Suécia criou, em 1968, o Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas, que passou a ser chamado de Nobel de Economia, somando-se às outras premiações.