Os pesquisadores Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier foram agraciados nesta terça-feira (3) com o Prêmio Nobel de Física. O trio realizou experimentos que deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro dos átomos e moléculas. Além de uma medalha de ouro de 18 quilates e um diploma, os premiados vão dividir 11 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 5 milhões, ofertado pela a Academia Real Sueca de Ciências.
A pesquisa
As experiências desenvolvidas pelo trio produziram pulsos de luz extremamente curtos, que são medidos em attosegundos, "demonstrando assim que esses pulsos podem ser usados para fornecer imagens de processos dentro de átomos e moléculas". O trabalho dos pesquisadores agraciados, segundo a Academia, revoluciona o modo como a luz é estudada, pois essas investigações criaram a possibilidade de acompanhar os elétrons dentro dos átomos e moléculas, em processos antes impossíveis de serem analisados.
Um attosegundo é uma unidade de tempo que equivale a um quintilhionésimo de segundo, ou 10 à 18ª potência. Adotado em 1964, o prefixo vem do dinamarquês atten, significando dezoito.
Agostini é pesquisador da Universidade de Ohio (EUA), Krausz atua no Instituto Max Planck, da Alemanha, e Anne L'Huillier na Universidade de Lund, da Suécia - ela é apenas a quinta mulher a ganhar a láurea na categoria da Física. Dos 225 cientistas que receberam o Nobel de Física, apenas quatro eram mulheres.
O prêmio de Física é entregue desde 1901, quando a premiação teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do químico e inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896). Desde 1901, 116 prêmios de Física foram entregues para 222 cientistas (os prêmios podem ser compartilhados por até três indivíduos).
Mais Nobel
A premiação continua ao longo dos próximos dias. Nesta quarta-feira (4), será anunciado o vencedor do Nobel de Química. Em seguida, serão conhecidos os ganhadores em Literatura (5) e Paz (6). Na semana seguinte, será a vez do prêmio de Economia (9).
Na segunda-feira foi divulgado o Nobel de Medicina, que foi para Katalin Karikó e Drew Weissman por seus estudos que permitiram o desenvolvimento de vacinas contra covid-19.