O Nobel de Medicina 2024 foi concedido nesta segunda-feira (7) para Victor Ambros e Gary Ruvkun por descoberta revolucionária do microRNA. O prêmio de Medicina vem sendo entregue desde 1901, quando a premiação teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do químico e inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896).
Em 2023, o Nobel de Medicina foi concedido para a bioquímica húngara Katalin Karikó e o médico americano Drew Weissman, por pesquisas que auxiliaram no desenvolvimento das vacinas de RNA mensageiro, importantes no enfrentamento da covid-19.
Já no ano anterior, 2022, o grande vencedor foi o geneticista sueco Svante Pääbo, responsável pelo sequenciamento do DNA dos Neandertais - uma espécie extinta de hominídeos. Pääbo também foi o responsável pela descoberta de uma nova espécie de hominídeo, os Denisovan.
A atribuição destes prestigiados títulos continuará na terça-feira (8) com as premiações em Física, Química na quarta-feira (9), Literatura na quinta-feira (10), e da Paz, na sexta-feira (11).
O prêmio de Economia, criado mais recentemente, encerra a série na próxima segunda-feira (14).
Veja outros ganhadores
Veja quem foram os ganhadores das últimas edições do Nobel de Medicina:
2021: David Julius e Ardem Patapoutian (Estados Unidos) por suas descobertas sobre como o sistema nervoso transmite temperatura e toque.
2020: Michael Houghton (Grã-Bretanha), Harvey J. Alter (Estados Unidos) e Charles M. Rice (Estados Unidos) pelo trabalho na descoberta do vírus responsável pela hepatite C.
2019: William Kaelin (Estados Unidos), Gregg Semenza (Estados Unidos) e Peter Ratcliffe (Grã-Bretanha) pelo trabalho na adaptação de células a níveis variados de oxigênio no corpo, abrindo perspectivas no tratamento de câncer e anemia.
2018: James P. Allison (Estados Unidos) e Tasuku Honjo (Japão) por pesquisa sobre imunoterapia, que demonstrou ser altamente eficaz no tratamento de vários tipos de câncer virulento.
2017: Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young (Estados Unidos), que desmontaram mecanismos complexos do relógio biológico.
2016: Yoshinori Ohsumi (Japão) pelo trabalho trabalho sobre autofagia, um processo pelo qual nossas células digerem seus próprios resíduos e que, se funcionar mal, desencadeia a doença de Parkinson ou diabetes.
2015: William Campbell (Irlanda/Estados Unidos), Satoshi Omura (Japão) e Tu Youyou (China) por suas descobertas de tratamentos contra infecções parasitárias e malária.
2014: John O'Keefe (Grã-Bretanha/Estados Unidos) e May-Britt e Edvard Moser (Noruega), por suas pesquisas sobre o "GPS interno" do cérebro, o que facilitaria avanços no conhecimento da doença de Alzheimer.
2013: James Rothman, Randy Schekman e Thomas Südhof (Estados Unidos), por suas descobertas sobre o transporte intracelular, que ajudam a entender melhor doenças como o diabetes.