A Academia Sueca anunciou, nesta terça-feira (6), os ganhadores do Prêmio Nobel de Física em 2020: Roger Penrose, britânico de 89 anos, Reinhard Genzel, alemão de 68 anos, e Andrea Ghez, americana de 55 anos.
Os vencedores dividirão o valor de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,3 milhões).
Metade do prêmio foi atribuída a Penrose, por demonstrar "que a formação de um buraco negro é uma previsão sólida da teoria da relatividade geral", enquanto a outra metade será dividida entre Genzel e Ghez, pela descoberta de um "objeto compacto e extremamente pesado no centro de nossa galáxia".
Andrea Ghez é a quarta mulher a vencer o Nobel de Física, a categoria com o maior predomínio masculino entre as seis que integram o prêmio.
Na segunda-feira (5), os americanos Harvey Alter e Charles Rice e o britânico Michael Houghton ganharam o Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da hepatite C. Os prêmios de Química, Literatura e da Paz serão divulgados ao longo desta semana, e, por fim, o de Economia será anunciado na próxima segunda-feira (12).
Buracos negros
Os buracos negros supermassivos são um enigma da astrofísica, sobretudo, pela maneira como se tornam tão grandes. Sua formação é objeto de muitas pesquisas. Os cientistas acreditam que devoram, a uma velocidade sem precedentes, todos os gases emitidos pelas galáxias muito densas que os cercam.
Como são invisíveis, os buracos negros podem ser observados somente por contraste, com a análise dos fenômenos que geram a seu redor. Uma primeira imagem revolucionária foi revelada ao mundo em abril de 2019.