A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) será desativada em 2030, conforme anúncio feito pela Nasa na segunda-feira (31). O destino da nave será o Point Nemo, um túmulo aquático no cemitério espacial do Oceano Pacífico, localizado a cerca de 2,7 mil quilômetros de qualquer área terrestre.
Segundo a agência, as pesquisas vão continuar sendo realizadas independentemente do laboratório espacial. As informações foram concedidas em um comunicado pelo diretor de espaço comercial da Nasa Phil McAlister:
“O setor privado é técnico e financeiramente capaz de desenvolver e operar destinos comerciais de órbita terrestre baixa, com a assistência da Nasa. Estamos ansiosos para compartilhar nossas lições aprendidas e experiência de operações com o setor privado para ajudá-los a desenvolver destinos no espaço seguros, confiáveis e econômicos”.
Segundo a agência, a transição da pesquisa de uma estação espacial própria para o aluguel de espaço a bordo de empreendimentos comerciais concede uma economia de US$ 1,3 bilhão somente em 2031. A agência indicou ainda que esse valor poderá “ser aplicado às iniciativas de exploração do espaço profundo”.
ISS funciona desde 1998
As operações originais da ISS começaram em 1998 e o plano era funcionar por 15 anos. Entretanto, o laboratório espacial tem sido continuamente ocupado por astronautas desde novembro de 2000.
No ano passado, uma autoridade russa alertou que pequenas rachaduras haviam sido descobertas na estação e poderiam piorar com o tempo, levantando preocupações sobre os equipamentos antigos da ISS e o risco de “falhas irreparáveis", informou à BBC News. A Nasa relatou que vem examinando os recentes problemas técnicos da nave, mas que há uma grande confiança de que a vida útil dela pode ser estendida até 2030.
A estação está entrando na terceira década ativa e trabalha principalmente com ciência inovadora em microgravidade. “Olhamos em frente para maximizar os resultados da estação espacial até 2030 enquanto planejamos a transição para o sistema de destinos espaciais comerciais que seguiremos", destacou Robyn Gatens, diretora do laboratório na sede da Nasa.