A Polícia Civil prendeu, em Santa Catarina, um homem suspeito de ter participado de, pelo menos, quatro homicídios em Porto Alegre. A prisão ocorreu na manhã desta terça-feira (24), em Balneário Gaivota, no litoral catarinense.
A polícia não divulgou o nome do investigado, mas Zero Hora apurou que se trata de Diego Luís Moreira Gonçalves, 37 anos, conhecido como “Neguinho”. Segundo as autoridades, ele estava foragido desde fevereiro de 2021.
Contra este homem, havia três mandados de prisão em aberto, sendo dois de detenção preventiva por homicídio qualificado e uma ordem de prisão decorrente de condenação pelo crime de tráfico de drogas.
Após obter informações de que Gonçalves estaria no litoral catarinense, uma equipe da Delegacia de Capturas, coordenada pelo delegado Gabriel Casanova, se deslocou até o Estado vizinho durante a madrugada desta terça-feira. Nesta manhã, os agentes foram até o endereço indicado e prenderam o homem.
De acordo com a polícia, a última passagem de Gonçalves pelo sistema prisional ocorreu entre 2017 e 2018. Os homicídios pelos quais ele responde ocorreram após 2019, principalmente na Vila Maria da Conceição, no bairro Partenon, zona leste de Porto Alegre, local onde o suspeito cresceu.
Conforme a polícia, após a queda do traficante Paulo Ricardo Santos da Silva, o Paulão da Conceição — que comandava um grupo criminoso na localidade e está preso —, Diego Luís Moreira Gonçalves teria passado a integrar uma facção formada na Vila Bom Jesus.
Recentemente aconteceram assassinatos na Vila Maria da Conceição que a investigação policial atribuiu a disputas entre organizações criminosas. Gonçalves é suspeito de envolvimento em ao menos parte destas ocorrências.
— Essa é uma importante prisão para a polícia porque ele é um dos executores de homicídios que vêm ocorrendo na região. Tirando ele das ruas, nós damos uma resposta para a sociedade — diz o delegado Gabriel Casanova.
Após a captura, o homem foi trazido ao Rio Grande do Sul e entregue ao sistema penitenciário, onde fica à disposição da Justiça.
Zero Hora não conseguiu identificar a defesa de Diego Luís Moreira Gonçalves. Segundo a polícia, no momento da prisão, ele não apresentou advogado. O espaço para manifestação segue aberto.