A 2ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) já atendeu mais de 700 ocorrências desde sua inauguração, em 20 de agosto. Os casos consideram registros feitos no plantão, online ou nas duas delegacias voltadas para violência contra mulher, mas que dizem respeito à área de atuação da segunda.
Essas ocorrências geraram 400 inquéritos policiais em um mês. O prédio fica na Rua Tenente Ary Tarrago, 685, no Morro Santana.
O objetivo da implementação da delegacia no local é estar mais perto da Zona Norte, região que concentra 58% das ocorrências de violência doméstica da Capital.
— Creio que a gente tem aumentado a procura pela Polícia Civil, em caso de violência doméstica e familiar contra mulher, pois a gente fica mais perto das pessoas, a Polícia Civil está mais perto da comunidade que estava carecendo desse tipo de cuidado. Nós temos recebido bastante elogios do acolhimento que a gente tem prestado ali — avalia a delegada titular da 2ª DEAM, Fernanda Campos Hablich.
O espaço funciona de segunda à sexta-feira, das 8h30min ao meio-dia e das 13h30min às 18h. A equipe conta com sete policiais e a delegada titular. Por enquanto, não há previsão de que haja ampliação de horário e efetivo:
— Nós estamos ainda trabalhando com números e vendo a necessidade de colocar mais gente. Aos poucos, nós vamos nos equiparando aos números da 1ª DEAM, o que não aconteceu ainda porque a gente não trouxe os procedimentos que são da nossa área, mas já tramitavam lá. Mas, com o passar dos meses, dos anos, a gente vai se equiparar e vai ser uma delegacia mais ou menos do mesmo tamanho, se não maior, porque a área é um pouquinho maior.
A área de atuação da 2ª DEAM abrange a maior parte dos bairros da Zona Norte, do Rubem Berta ao Três Figueiras, mas também avança em direção à Zona Leste, incluindo Partenon, Agronomia e Lomba do Pinheiro.
— O primeiro flagrante que nós fizemos foi de um suspeito que tinha invadido a residência da mulher, estava esperando ela em casa. Ela nos avisou que ele estava na frente da casa dela. Como a gente já estava em diligências pelo bairro, a gente foi até lá. Quando a gente chegou, ele já tinha rompido a grade de ferro, a porta e tinha entrado na residência da mulher. Ela estava em segurança conosco, na delegacia, mas, se essa mulher voltasse para casa, poderia ter acontecido algo pior. Então, a gente pôde agir mais rápido — conta a delegada Fernanda.