A Polícia Civil realizou, nesta quarta-feira (24), operação para prender os seis homens condenados pelo assassinato de Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro Júnior. Com 17 anos à época, o adolescente morreu depois de sofrer agressões e garrafadas na saída de uma festa em Charqueadas, em 2015.
Na ofensiva, coordenada pelo delegado Marco Schalmes, foram presos Alisson Barbosa Cavalheiro, Jhonata Paulino da Silva Hammes e Volnei Pereira Araújo. Os mandados foram cumpridos em endereços nos bairros Centro, Otília e Parque dos Coqueiros, todos no município de Charqueadas.
Além dos três, também foram alvos da operação — intitulada JR, em referência à vítima — Leonardo Macedo Cunha, Matheus Simão Alves e Vinícios Adonai Carvalho da Silva. Segundo Schalmes, os mandados de prisão desses últimos foram cumpridos em estabelecimentos prisionais, pois os três já cumpriam prisão preventiva em investigações sobre tráfico de drogas.
— Foi um crime bárbaro, que impressionou a comunidade na época pela violência praticada por jovens. Agora, com a prisão para cumprimento das sentenças transitadas em julgado, a Justiça finalmente fica estabelecida — comentou o delegado.
As condenações são em regime fechado, a 26 anos para todos os réus, exceto para Vinícios — condenado a 37 anos de prisão.
A análise dos processos contra os réus ocorreu em três julgamentos distintos, ocorridos entre junho e julho de 2022. Parte dos condenados permanecia em liberdade, amparada por decisões provisórias obtidas em apelações ajuizadas no curso do processo.
A reportagem de GZH busca contato com representantes dos presos para posicionamentos.
Relembre o caso
O assassinato do adolescente chocou o Estado e teve repercussão nacional em razão da violência. O rapaz, o pai e um casal de amigos foram agredidos a socos, chutes e golpes com garrafas por um grupo de mais de 15 pessoas, entre adultos e adolescentes.
O crime ocorreu em 1º de agosto de 2015. As agressões ocorreram quando o pai de Ronei, o engenheiro Ronei Faleiro, foi ao local da festa para buscar o filho e os dois amigos. Os agressores atacaram quando eles embarcavam no veículo da família.
Câmeras de monitoramento da cidade gravaram a sequência de violência. As imagens contribuíram para identificação dos participantes do crime. Mensagens de WhatsApp, trocadas entre os agressores, nas quais se vangloriavam pelo feito, também foram utilizadas como provas para as condenações.