Nesta sexta-feira (4), a Polícia Civil prendeu cinco pessoas em uma operação de combate à violência contra a mulher no Vale do Sinos. Com apoio da Brigada Militar, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Novo Hamburgo cumpriu cinco mandados de busca na cidade e em Estância Velha na chamada "Operação Lírios".
Dos cinco presos, dois dos suspeitos são autores de agressões a vítimas, uma terceira pessoa estava na condição de foragida e há dois detidos em flagrante, totalizando três homens e duas mulheres. A ação foi coordenada pelo delegado Lucas Moura de Britto.
Segundo ele, outros trabalhos semelhantes irão ocorrer até o dia 31, isso porque a instituição participa do "Agosto Lilás", que é o mês de proteção à mulher e a polícia tem com objetivo a conscientização sobre crimes relacionados com questões de gênero. O trabalho realizado, conforme Moura, está em acordo com a Lei 14.448 de 2022.
Durante a operação, a polícia apreendeu pouco mais de R$ 400, munição e três armas: uma pistola 9 milímetros carregada, espingarda calibre 36 e uma garrucha calibre 22. Além disso, foram localizados com os suspeitos vários celulares e até mesmo um bloqueador de sinal de celular.
A ofensiva contou com apoio de agentes da 1ª e 3ª Delegacias de Polícia de Novo Hamburgo, bem como de policiais de Campo Bom e Estância Velha. Pela Brigada Militar, estiveram presentes PMs da Força Tática e Canil do 3º Batalhão de Polícia Militar.
Orientações
- Se estiver sofrendo violência psicológica, moral ou mesmo física, busque ajuda imediatamente. Não espere a violência evoluir. Converse com familiares, procure unidades de saúde, centros de referência da mulher ou a polícia. É possível acessar a Delegacia Online da Mulher
- Caso saiba que alguma mulher está sofrendo violência doméstica, avise a polícia. No caso da lesão corporal, independe da vontade da vítima registrar contra o agressor, dado a gravidade desse tipo de crime
- Se estiver em risco, procure um local seguro. Em Porto Alegre, por exemplo, há três casas aptas a receberem mulheres vítimas de violência doméstica
- Siga todas as orientações repassadas pela polícia ou pelo órgão onde buscar ajuda (Ministério Público, Defensoria Pública, Judiciário)
- No caso da lesão corporal, o exame pericial para comprovar as agressões é essencial para dar seguimento ao processo criminal contra o agressor. Procure realizar o procedimento o mais rápido possível
- Caso passe por atendimento em alguma unidade de saúde, é possível solicitar um atestado médico que descreva as lesões provocadas
- Reúna todas as provas que tiver contra o agressor, como prints de conversas no telefone. No caso das mensagens, é importante que apareça a data do recebimento
- Se tiver medida protetiva, mantenha consigo os contatos principais para pedir ajuda. A Brigada Militar mantém em pelo menos 114 municípios unidades da Patrulha Maria da Penha que fiscalizam o cumprimento da medida
- Se tiver medida protetiva e o agressor descumprir, comunique a polícia. É possível acionar a Brigada Militar, pelo 190, ou mesmo registrar o descumprimento por meio da Delegacia Online. Descumprimento de medida pode levar o agressor à prisão
Fonte: Polícia Civil e Poder Judiciário do RS
Onde pedir ajuda
Brigada Militar
- Telefone — 190
- Horário — 24 horas
- Serviço — atende emergências envolvendo violência doméstica em todos os municípios. Para as vítimas que já possuem medida protetiva, há a Patrulha Maria da Penha da BM, que fiscaliza o cumprimento. Patrulheiros fazem visitas periódicas à mulher e mantêm contato por telefone
Polícia Civil
- Endereço — Delegacia da Mulher de Porto Alegre (Rua Professor Freitas e Castro, junto ao Palácio da Polícia), bairro Azenha. As ocorrências também podem ser registradas em outras delegacias. Há 23 DPs especializadas no Estado
- Telefone — (51) 3288-2173 ou 3288-2327 ou 3288-2172 ou 197 (emergências)
- Horário — 24 horas
- Serviço — registra ocorrências envolvendo violência contra mulheres, investiga os casos, pode solicitar a prisão do agressor, solicita medida protetiva para a vítima e encaminha para a rede de atendimento (abrigamentos, centros de referência, perícias, Defensoria Pública, entre outros serviços)