Seis policiais militares que trabalhavam na noite de 12 de agosto e na madrugada de 13 de agosto em São Gabriel prestam depoimento nesta quarta-feira (24) na delegacia da Polícia Civil da cidade. Os delegados Luis Eduardo Benites, da regional, e o titular da investigação do caso, José Soares Bastos, estão confrontando as versões dos policiais com as dos PMs que foram presos por suspeita de participação na morte de Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos.
O jovem desapareceu no dia 12 de agosto e seu corpo foi encontrado num açude, na localidade de Lava Pé, uma semana depois. Ele foi visto pela última vez sendo colocado algemado dentro de uma viatura da Brigada Militar.
Na terça-feira (23), a juíza Juliana Neves Capiotti, da Vara Criminal de São Gabriel, decretou a prisão preventiva dos três policiais militares investigados. Eles já estavam presos no Presídio Militar de Porto Alegre desde 19 de agosto por decisão de tribunal militar, que investiga possíveis crimes militares praticados pelos PMs. A Polícia Civil investiga a hipótese de homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Em 18 de agosto, GZH ouviu a vizinha que chamou a polícia na noite de 12 de agosto porque havia um homem forçando o portão da sua casa para tentar entrar. Segundo Paula Lima da Silva, 38 anos, os PMs chegaram ao local em cinco minutos, revistaram Gabriel, agrediram o jovem com um tapa no rosto, o colocaram algemado dentro da viatura e saíram do local. Essa foi a última vez que Gabriel foi visto até seu corpo ser encontrado no dia 19 de agosto num açude.