Ocorre na manhã desta quinta-feira (14), na Câmara de Vereadores de São Sepé, na Região Central, o julgamento de duas acusadas pela morte de Bruno Toledo dos Santos, 25 anos, ocorrida no município em agosto de 2019. O corpo dele foi encontrado carbonizado na casa em que ele vivia.
Taiane dos Santos, 29 anos, e Graciela Borba Dutra, 38, são acusadas de homicídio triplamente qualificado. O júri estava marcado para a semana passada, mas foi adiado devido à falta de jurados. A expectativa é que a sentença do caso seja lida ainda nesta quinta.
As qualificadoras são motivo fútil, já que Taiane não aceitava o fim do relacionamento; meio cruel, pela forma como a vítima foi morta, com emprego de fogo; e também por emboscada.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o jovem recebeu Taiane, com quem teria um relacionamento extraconjugal, na casa dele, na noite de 7 de agosto de 2019. Ela teria ido até o local no carro dela, acompanhada da amiga Graciela. No entanto, apenas Taiane teria descido do veículo. De acordo com o MP, ela entrou na residência e, com um galão de gasolina, ateou fogo ao corpo de Santos. O corpo foi encontrado no dia seguinte pelo irmão da vítima.
Laudo da necropsia apontou que o jovem morreu carbonizado, ou seja, por ação direta do fogo. Também foi constatada fuligem na via respiratória dele.
O advogado Divor Rittes Bassan, que representa a família da vítima e atuará junto do Ministério Público na acusação, diz que o pedido aos jurados será pela condenação das duas rés.
O advogado de Taiane, João Marcos Adede y Castro, diz que a cliente não cometeu o crime. Taiane está presa preventivamente desde um dia após o crime.
Já Graciela ficou no presídio por 15 dias e responde em liberdade. O Ministério Público sustenta na denúncia que ela sabia da intenção de Taiane e que, mesmo assim, a apoiou durante toda a ação. No entanto, a advogada de Graciela, Sharla Rech, afirma que ela não tinha conhecimento das intenções da amiga e apenas a estava acompanhando, como costumeiramente fazia.