A 2ª Promotoria de Justiça de Imbituba denunciou, nesta terça-feira (25), os três acusados pelo assassinato de Amanda Albach, de 21 anos. O corpo da jovem foi localizado em 3 de dezembro do ano passado no litoral sul de Santa Catarina. O trio —dois irmãos e a companheira de um deles — foi denunciado pelos crimes de tortura, cárcere privado, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. A denúncia já foi recebida pela Justiça.
Eles já estão detidos. A prisão preventiva do trio foi decretada pela Justiça na semana passada após pedido da polícia e manifestação favorável do Ministério Público. Um dos suspeitos já estava preso. Os outros dois foram detidos em Canoas, na Região Metropolitana, na última sexta-feira (21).
A promotora de Justiça Gabriela Arenhart denunciou os três por homicídio duplamente qualificado, já que o crime foi cometido por motivo torpe e sem dar chances de defesa a Amanda, que estava sozinha, amordaçada e foi levada a um lugar ermo.
O Ministério Público requer que os acusados sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri e também postula indenização aos herdeiros da vítima.
Ação penal
De acordo com a ação penal pública, os três teriam matado a jovem por acreditarem que ela fazia parte de um plano orquestrado por uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas para executá-los.
As investigações reuniram provas da autoria e das circunstâncias dos crimes que indicariam a participação dos três na tortura, no cárcere privado, no homicídio de Amanda e na ocultação do cadáver dela.
A apuração aponta que a vítima teria viajado do Paraná, onde morava, para passar o feriado de 15 de novembro na casa em que a acusada, que era sua amiga, morava com o companheiro e o cunhado. Amanda e os suspeitos, no dia 14 de novembro, foram a uma festa em Florianópolis. Ao retornarem para Laguna, já no dia 15, os três mantiveram a vítima sob cárcere privado na casa, pois passaram a desconfiar que Amanda teria envolvimento com uma facção criminosa e participaria de uma emboscada contra eles.
Entre as 11h e as 19h, além de mantê-la encarcerada, os três a teriam mantido sob a ameaça de uma arma de fogo e infringido intensa tortura mental para que ela falasse sobre a suposta armadilha.
A jovem teria sido torturada por cerca de oito horas. Os dois homens e a mulher teriam amordaçado a vítima e a levado até a praia de Itapirubá do Norte, em Imbituba, onde ela foi morta, com um tiro na cabeça. O corpo foi enterrado no local da execução, em uma cova cavada na areia da praia.