A Polícia Civil de Santa Catarina confirmou nesta sexta-feira (3) que foi localizado o corpo de Amanda Albach, 21 anos. O cadáver foi encontrado na praia do Sol, no município de Laguna. A jovem paranaense, que foi morta com dois tiros na cabeça, estava desaparecida desde 15 de novembro, após passar o feriado de Proclamação da República com amigos no litoral catarinense. Ela deixa uma filha pequena, que completa três anos neste mês.
Os três suspeitos pelo desaparecimento e pela morte da Amanda foram presos na quinta-feira (2) em Canoas, no Rio Grande do Sul. Um dos três detidos, que assumiu a autoria do crime, deu informações à polícia, possibilitando a localização do cadáver. Os nomes dos três não foram divulgados.
Conforme os advogados da família de Amanda, Michael Rodrigues Pinheiro e Fábio de Assis, os três investigados — uma mulher e dois homens — eram amigos da vítima e estavam com ela na festa em que foi vista pela última vez, em Jurerê Internacional, em Florianópolis. As suspeitas sobre eles tiveram início a partir de depoimentos de outras pessoas que também estavam local e observaram "comportamentos suspeitos".
Os três são moradores de Imbituba, no litoral sul de SC, onde Amanda foi passar o feriado, mas estavam em Canoas na casa de familiares no momento da prisão. Eles foram presos a partir de um mandado expedido pela Polícia Civil catarinense.
Motivação do crime
Conforme os advogados, a jovem presa na quinta-feira seria amiga de Amanda e também teria residido em Fazenda Rio Grande, no Paraná, mesma cidade onde a vítima morava.
Em coletiva de imprensa, na tarde desta sexta-feira, o delegado Bruno Fernandes, titular da Divisão de Investigação Criminal de Laguna, explicou que o homem que teria matado a jovem, teria reprovado comentários e fotos da vítima, o que motivou o crime.
— A motivação vai ser apurada com todo o contexto, mas, preliminarmente, um dos investigados se sentiu incomodado porque Amanda teria contado sobre o envolvimento dele com tráfico de drogas e tirado uma foto da arma dele. Não gostou da situação e optou por tirar a vida dela — disse o delegado Bruno durante a coletiva.
O delegado explicou que a jovem foi levada com vida até o local onde o corpo foi encontrado. O crime teria acontecido por volta de 21h de 15 de novembro, momentos após Amanda ter encaminhado um áudio à família, segundo relato de um dos investigados.
Os advogados da família explicam que o Instituto Médico Legal (IML) trabalha na identificação do corpo, que apresentava avançado estado de decomposição. De acordo com Michael Rodrigues, apesar dos 17 dias de buscas, eles ainda tinham esperanças de que Amanda fosse encontrada com vida.
— A mãe dela passou mal hoje e teve de ser encaminhada para atendimento médico. Ainda estamos na fase de reconhecimento. Temos essa batalha pela frente. Estamos satisfeitos com o trabalho da polícia, mas insatisfeitos com o desfecho — sublinha.