O governo estadual distensionou um pouco o sistema penal ao promover, nesta quinta-feira (20), 471 servidores penitenciários. Essa é uma das maiores reivindicações dos funcionários que atuam em presídios, que se declaram em estado de greve e ameaçam paralisar as funções, caso suas reivindicações não sejam atendidas até o final de janeiro.
A promoção na carreira atinge 400 agentes penitenciários, 35 agentes penitenciários administrativos e 36 técnicos superiores penitenciários. Eles foram promovidos pelos critérios de antiguidade e merecimento.
— O avanço na carreira demonstra a valorização do Governo do Estado aos servidores penitenciários. Já o sistema penal recebeu em novembro, através do Programa Avançar, o maior investimento da história, que vai implementar novas tecnologias para qualificação do sistema prisional, fortalecer serviços de inteligência, qualificar a assistência aos apenados nas áreas de saúde, educação e trabalho, modernizar o monitoramento eletrônico, além de ampliar e construir unidades prisionais. E esse trabalho só é possível com a dedicação dos nossos servidores — afirma o secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild.
O chefe da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), José Giovani Rodrigues de Souza, destaca que as promoções resultam de muito empenho, por ensejarem um custo financeiro.
O déficit no efetivo da Susepe, segundo o sindicato dos servidores penitenciários, é de 50%. Hoje existem 5 mil funcionários no sistema prisional gaúcho. A ameaça de greve dos agentes também acontece como pressão por reajuste salarial e pela criação da carreira de Policial Penal.
