O velório da advogada Maria Elizabeth Rosa Pereira, 65 anos, começou por volta do meio-dia deste domingo (19) na capela 7 do Cemitério Ecumênico João XXIII, em Porto Alegre. Por conta das regras de distanciamento social, apenas seis pessoas por vez poderão entrar no local. A cerimônia também terá horário reduzido, se estendendo até as 15h.
Presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), ela foi assassinada com um tiro nas costas na manhã desta sexta-feira (17), em uma residência no bairro Partenon. Ela deixa um filho e um casal de netos.
O crime aconteceu na casa do companheiro, o policial militar da reserva José Pedro da Rocha Tavares, 49 anos, principal suspeito do crime. Ele foi localizado ferido, com um tiro na cabeça. A Polícia Civil determinou sua prisão em flagrante. Na residência, foi encontrada uma pistola de calibre 9 milímetros, que pertencia ao policial da reserva. Na manhã deste domingo, Tavares permanecia em estado grave na UTI do Hospital de Pronto Socorro (HPS).
Segundo a delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Tatiana Bastos, o caso é investigado como feminicídio seguido de suicídio tentado:
— Ainda não é possível afirmar a autoria porque dependemos da conclusão da prova pericial e vamos ouvir mais pessoas. Mas é o principal suspeito. Por enquanto, está em estado grave e sem condições de falar — afirma a delegada.
À frente da Agergs desde novembro de 2019, Maria Elizabeth cumpriria sua gestão até 2023. Advogada, técnica tributária aposentada, a vítima era ex-diretora-executiva do Procon-RS, cargo ocupado de abril de 2017 até julho de 2019. Ainda na área da defesa do consumidor, exerceu funções como diretora da Região Sul do Procon Brasil e presidente do Conselho de Defesa do Consumidor.